SOBRE MEMÓRIAS

Graças à memória, o tempo não está perdido,
e se não está perdido, também o espaço não está.
Ao lado do tempo reencontrado está o espaço
reencontrado ou para ser mais preciso, está um
espaço, enfim reencontrado, um espaço que se
encontra e se descobre em razão do movimento
desencadeado pela lembrança.
(POULET, 1992, p. 54-55).

Esse Museu da Pessoa é um museu que busca “registrar, preservar e transformar em informação, histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade”, através da seleção/organização publicização de depoimentos em diálogo com a metodologia de História Oral (MUSEU DA PESSOA, [s.d], online32). Nesse sentido, podemos entendê-lo como um Museu Virtual Original Digital que não musealiza vidas, mas indicadores de memórias sociais registrados em formatos digitais. Esse repensar das práticas são lembranças do passado que passa permanentemente por um processo de reconstrução, vivificação e consequentemente também de ressignificação. A memória coletiva é compreendida/defendida por Halbwachs (2013), como processo de reconstrução do passado vivido e experimentado por um determinado grupo social.

Dessa forma, memória em narrativas de lembranças não são simplesmente narrativas. São narrativas que emergem de uma história de vida que depende do entrecruzamento das situações vivenciadas que são marcadas pelos lugares sociais ocupados.
Assim, É preciso evidenciar as lembranças das histórias de vida, que desvelam, descortinam e fazem emergir a memória com a sua magia através de fatos, imagens e pessoas, as quais serão compartilhadas e musealizadas no âmbito da comunicação do museu virtual.

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